Estação de comboios de Quioto




A estação de comboios de Quioto foi inaugurada em 1997 para celebrar os 1200 anos da fundação da cidade como capital. O edifício tem 14 pisos que englobam dois centros comerciais, u museu de arte e uma armazém enorme tipo El corte Inglés (Isetan), um hotel, um teatro, dois postos de turismo, um posto de observação panorâmico. Se Quioto é uma cidade famosa pelas tradições, esta estação não poderia ser mais moderna. Mais um dos muitos exemplos de combinação de opostos tão presentes nesta sociedade. 

Eu quero uma sanita japonesa!!!

Os botões junto ao assento da sanita
Ainda andei o ver os preços das sanitas....
O asseio é sempre exemplar em qualquer
casa de banho pública
Botão de SOS para o caso de nos dar um treco enquanto estamos na sanita...



Uma das coisas de que sinto mais falta quando penso no Japão é das casas de banho. São estupidamente limpas e desinfectadas. Lembro-me como se fosse ontem do meu primeiro contacto com uma sanita japonesa, quando fiquei instalada no Hotel Keio Plaza em Outubro de 2006. Tive um ataque de riso quando comecei a carregar nos vários botões do tampo da sanita e descobri que tinham funções diversas como enviar esguichos de água direccionáveis. E mais, a temperatura dos esguichos podia ser controlada manualmente. Por fim, para terminar em beleza, descobri um outro botão que accionava um secador para que as nossas partes íntimas ficassem enxutas em poucos segundos. Achei de imediato que era uma ideia fantástica e só não trouxe um tampo de sanita comigo porque a voltagem no Japão é diferente da de cá. Entretanto, descobri que nas casas de banho públicas estas sanitas podem ter os assentos aquecidos, e nas paredes podem existir botões para que toque música e até botões que permitem simular o som das descargas de autoclismo para abafar eventuais sons que possam ser produzidos pelo nosso corpo. Quem é que nunca puxou o autoclismo para disfarçar o som de um xixi? Muito à frente estes japoneses!

Cães japoneses que vão ao SPA, fazem yoga e vestem alta costura.


Um cão vestido de samurai

Para muitos japoneses, um cão é o filho que não podem ter. Poodles, Chihuahuas e outras raças de tamanho miniatura fazem as delícias de muitos adultos que não podem ou não querem ter filhos. A coisa é de tal ordem que existem hoje mais animais de estimação no Japão do que crianças. E muitos destes cães são tratados como autênticos membros da realeza, com direito a uma divisão da casa só para eles, guarda-fatos repletos de roupa de designers, jóias, adereços, fraldário e carrinhos de passeio. E, claro, as marcas sabem tirar partido destas manias. Channel, Gucci, Dior e muitas outras marcas já fabricam roupa e adereços para cães a pensar no mercado japonês. Existem até SPA's para cães e aulas de yoga que podem frequentar sozinhos ou com os donos.



Porque motivo fazem tanto sucesso os cães mais pequenitos? Porque as casas dos japoneses também são mínimas. Em média, uma família de quatro pessoas vive num espaço de 50 metros quadrados. E a recessão económica tem feito com que muitos jovens não tenham condições para casar pelo que vivem em casa dos pais até aos 35 anos. Se juntarmos a isto o facto de uma mulher com filhos no Japão ser desvalorizada do ponto de vista profissional  e do ponto de vista sexual (muitos casamentos são arranjados e o sexo só existe mesmo para procriar), temos as condições ideais para que cães e gatos tenham um estatuto de vedeta no seio familiar. E todas as indústrias que se alimentam desta mania-  alimentação, moda, ourivesaria, cosmética e até agências funerárias - só podem estar muito agradecidas. Em paralelo, a venda de contraceptivos tem vindo a descer de ano para ano.

Um cão vestido de marinheiro. 



Nagamachi: O bairro dos samurais da cidade de Kanazawa





O bairro está repleto de lojas de artigos artesanais como esta confeitaria.








Só dormi uma noite em Kanazawa, pelo que tive de escolher entre ir ver a Casa Shima, a casa de uma gueixa no bairro de Higashi Chaya, hoje transformada num Museu com o tema das gueixas e com uma casa de chá famosa, ou então um bairro de samurais. Como já tinha andado a passear na zona das gueixas, escolhi a segunda opção e fui ver o bairro de Nagamachi, mais afastado do centro da cidade. Preço de entrada, uma vez mais, apenas 500 yenes. 



A família tinha um pintor profissinal só para ela que foi quem
 pintou as portas interiores da casa

Nagamachi era o bairro onde viviam os samurais que protegiam o castelo de Kanazawa com as suas famílias. Viviam em casas grandes com entradas privadas, contornadas por canais de rega e com jardins maravilhosos. Uma das principais atracções deste bairro é precisamente a Nomura-Ke, a casa de um samurai abastado onde podemos ver como era o seu estilo de vida, incluindo vestimentas e objectos utilizados no dia a dia. Quando se inicia o período Meiji (1868-1912), o periodo feudal no Japão chega ao fim dos seus dias e os samurais desaparecem.



Sabe bem sentar no alpendre a beber um chá e a ouvir a água das fontes e
os pássaros que escolhem estes jardins como casa.
O altar 
Uma senhora a preparar masha (chá verde)

Espadas de samurai
Armário de gavetas