Loch Ness e o Canal Caledoniano






Foram várias as expedições no Loch Ness em busca do míticos monstro.
Mas a única coisa que se encontrou no fundo do lago, em 1985, foi
um avião da Segunda Guerra Mundial que ali se despenhou.

O Centro de exibições do Loch Ness tem várias exposições multimédia
 e apresenta vários documentários sobre a procura de provas da
existência deste animal que, para muitos escoceses, não passa
de uma alucinação provocada pelo excesso álcool, pois claro.

Nessies em peluche de todos os tamanhos e feitios.
Outro edifício que fazia lemrar a escola do Harry Potter.

Com base em Inverness, tivemos um dia inteiro para explorar o Loch Ness. O nosso programa consistiu em passar o dia a fazer uma volta completa de carro ao dito lago. Parando várias vezes, é claro. Fomos ver o edifício do Centro Loch Ness (cujos ingressos era carotes...), parando no Castelo de Urquhart (cujos ingressos carotes eram) e no Canal Caledoniano, uma das maravilhas arquitetónicas da região já que permite a passagem de barcos entre quatro lagos.

O Castelo de Urquhart tem mais de 4 mil anos

Para fazer esta foto tive de ignorar um placar que dizia !Proibído t
repar este muro".. Mas ou trepava ou não punha em vista em
cima do castelo. 

A entrada no castelo teria ficado em  mais de 30 euros para uma família
de quatro. Vemos na Internet" foi pois uma frase muito utilizada
durante toda a viagem. 

Inverness. Solinho, onde andas tu?

Inverness é atravessada pelo rio Ness



Ao fundo, Inverness Castle, um edifício vitoriano que aloja
agora o tribunal da cidade.

Inverness é a capital das Highlands e uma das portas de entrada no Lago Ness, pelo que é uma excelente local de base para explorar a cidade e os seus arredores. Partem daqui vários cruzeiros que fazem este lago de ponta a ponta, mas nem de borla eu aceitava fazer um, de tal maneira já estava a deitar água pelos olhos! À medida que nos embrenhamos nas entranhas da Escócia, os lagos são mais que muitos e, sinceramente, o Loch Ness é só mais um, como poderão ver num dos próximos posts.

Voltando a Inverness, parece uma vila e não uma cidade. É tão pequena que se vê bem numa manhã ou numa tarde, com paragens para entrar nas várias lojas de whiskey, lojas de lás (a famosa scotch wool, cara como raio...), lojas de produtos gourmet e lojas de trajes típicos escoceses. A cidade é tão pequena que tenho a sensação que passei mais tempo dentro destas lojas do que a passear. Ou seja, saímos mais pobres de Inverness, carregadinhos de sacos. Só foi pena o sol não ter dado um ar da sua graça. O céu estava carregadinho de núvens e nem parecia que estávamos em Julho, em pleno Verão. Mas a Escócia é mesmo assim,  neblina e chuviscos fazem parte do dia a dia. Não deixa de ser bonita, para quem vem de férias. Mas para viver? Deve ser uma neura.... E até me espanta como é que os escoceses não são uns brutalhões mal-dispostos e com má cara. São o oposto. Uns queridos que, por vezes, apetece encher de beijinhos.

Merchandising do "Nessie" é mato, até enjoa...
A Catedral St. Andrews vista do castelo

O castelo data de 1847 e foi construído no mesmo local onde, em tempos,
havia um castelo medieval
Uma livraria dentro de uma igreja do séc. XVII
Town Hall, edifício vitoriano de 1872 que mais parece a Escola do Harry Potter
Antigo mercado vitoriano, adaptado a centro comercial
Um talho do mercado vitoriano que vendia bifes....de Bambi.
Compotas de whiskey, biscoitos de whiskey, short cakes, chás...
 Isto sim, faz-me perder a cabeça. As minhas prendas para família e amigos
são quase sempre coisas de comer.
Loja onde tudo custava 1 libra. 
Os preços de algumas mantas e casacos de lás eram verdadeiramente
pornográficos. Vou ali à Zara e volto já...










Focas e golfinhos da ilha de Skye



Corvos marinhos

Para terminar em beleza o dia passado na ilha de Skye, fizemos um passeio de barco de duas horas, com partida em Elgoi, para ir ver focas e golfinhos. Chegámos ao porto às 5h15, apenas 15 minutos antes do último barco do dia partir... Uma sorte tremenda. As crianças não pagaram bilhete (ok, o meu filho mais  ficou um ano mais novo nesse dia...) e a brincadeira até nem ficou muito cara, 30 libras. Apanhámos um barco da companhia Misty Isle numa tarde em que o nome combinava na perfeição com as condições climatéricas. O nosso guia, um homem ruivo de saias, tinha uma série de piadas na manga relativas ao nevoeiro. Falava com um sotaque escocês bem cerrado e dizia muitas piadas, embora eu não deixasse de pensar que ele devia repetir o mesmo discurso a todos os turistas. Lá nos foi contando a história da ilha, algumas lendas da região e referiu o tipo de bicharada que existia na zona. Ainda caíram uns pingos de chuva, mas deram capas impermeáveis a todos os passageiros.     
Passados 40 minutos de passeio, lá apareceram as focas numa pequena enseada. Andámos uma meia hora de volta delas, deliciados com as várias crias que tinham acabado de nascer. Durante o caminho de regresso, fomos surpreendidos por vários grupos de golfinhos (cerca de 20) que  nos escoltaram durante parte do trajecto enquanto faziam piruetas e razias ao casco do barco. 


Os golfinhos são tramados de fotografar...

Terminado o show dos golfinhos, serviram-nos chocolate quente com shortcakes, as típicas bolachas escocesas.  Com a vista e o estômago consolados e felizes por termos optado por este passeio, enfiámo-nos no carro e demos início à viagem rumo a Inverness. Nessa noite, já depois das 23h00, íamo-nos espetando na estrada com um corpo estranho e acastanhado que se atravessou à nossa frente. Era um veado que ficou paralisado com os faróis do carro! Além de focas e golfinhos, ainda vimos o Bamby. Ou seja, National Geographic no seu melhor. 







Um dia na ilha de Skye

A pequena marina de Kyleakin

À direita, as ruínas de Castle Moil, uma fortaleza do séc. XV
A ponte que liga Kyle of Localsh a Kyleakin, na ilha de Skye.
Até 1994. o acesso à ilha era feito através de ferry boat.
Ruína de posto de vigia na baía de Kyleakin
Portree, a metrópole da ilha de Skye, repleta de casas coloridas

Baía de Portree

Ao longe, o planalto de Storr

A ilha tem paisagens curiosas. planaltos vulcânicos, escarpas esculpidas
pelo gelo, inúmeros braços de mar.



Kilt Rock, um penhasco onde existe uma cascata cuja água
cai directamente no ar.





Um museu que recria as antigas habitações da ilha





Cemitério que contém vários túmulos de membros dos clás mais influentes na ilha

Túmulo de Flora McDonald (1722-1790), uma heróina da História da Escócia
Algumas estradas são bem estreitas mas contêm zonas mais largas
onde passam dois carros. O efeito visual é bastante curioso.






A ilha de Skye é maior das ilhas Hébridas Interiores. O nosso passeio começou em Kyleakin, a primeira localidade da ponta sul da ilha, onde pernoitámos.  Kyleakin está ligada a Kyle of Lochalsh por uma ponte.  Ficámos no Kings Arms, um hotel que desapontou um pouco (não sabia que havia tantos B&B na ilha mas preferi um hotel porque podia chegar, e cheguei, depois das 23h00) e onde encontrámos a única escocesa antipática em toda a viagem. sim, porque os escoceses são até muito simpáticos, o que é estranho pois vivem na mesma ilha que os ingleses...
Passámos em Portree e depois seguimos em direcção a à ponta norte da ilha, passando pela Kilt Rock e por Uig, onde almoçámos. Percebemos logo que num só dia não íamos conseguir ver a ilha toda, embora desse para ver muita coisa. Tivemos que optar entre ir ver o Castelo de Duvengan,(um dos mais espectaculares de toda a Escócia, tendo alojado os chefes do clã McLeod durante sete séculos) e a destilaria do whiskey Talisker ou então rumar para  sul, em direcção a Elgol, e fazer um passeio de barco para ir ver focas e golfinhos. Como estava com as minhas crias, elas decidiram e lá fomos para Elgol, a sudeste da ilha. O passeio foi magnífico! Estava com muitas dúvidas se deveria incluir Skye no meu trajecto porque há quem adore e há quem não lhe ache ponta de graça. Mas eu gostei. Apesar de ter passado depressa, foi um dia muito zen.

As ovelhas pastam por todo o lado, até nos cemitérios.