Malásia: Um dia na pouco explorada costa este.




Saímos das ilhas Perhentian no barco das 12h00, pegámos no carro e começámos a descer a costa este sempre junto à costa, em direcção a Kuala Terengannu. Pelo caminho, iamos atropelando o maior lagartão que já vimos até hoje. E olhem que já estive no México duas vezes, o país das iguanas. Este aqui metia respeitinho. Também vimos macacos, há bastantes na costa este. Esta parte da Malásia continental é bem menos turística e predominantemente muçulmana. As mulheres andam bem tapadas e as poucas que tomam banho no mar (vi praias e mais praias vazias, sem vivalma) fazem-no vestidas, o que para mim foi novidade, embora já me tivessem avisado. 

Fomos descendo a costa e apreciando os inúmeros postos de observação, casinhas de madeira a que chamam "gazebos" (em inglês) onde as pessoas se sentam a ver o mar. Mas apanhar solinho, está fora de questão. Ninguém se despe na praia. Já nas muitas ilhas que existem nesta costa, a história é diferente porque algumas deles são destinos de mergulho muito populares, como Redang, Kapas e Tioman. E como a segunda, Kapas, ficava a a apenas 20 minutos de barco da costa, ainda lá fomos almoçar, tomar uma banhoca e fazer snorkeling. Foi dos sítios mais bonitos onde já "mergulhei", porque ao contrário das ilhas Perhentian, os recifes estavam quase intactos e deu para ver montes de peixinhos coloridos.

Quando as nuvens se afastavam e os raios de sol batiam no mar,
a água ficava com umas cores de babar.

A ilha de Kapas (Pulau Kapas) era uma pasmaceira onde não se passava nada. É bem pequenita e só tem um restaurante de praia e uns 3 ou 4 resorts pequenos que alugam bungalows na praia. Foi agradável passar aqui uma umas três horitas a ver peixinhos enquanto o M. lia um livro. Mas ficar aqui alojada? Só se estivesse à beira de um esgotamento...


Esta praia estava quase vazia, ao contrário das ilhas Perhentian.




Neste dia, conforme havia prometido a mim mesma, ficámos instalados no melhor hotel que encontrámos em Kuala Terengannu. Quando chegámos à cidade perguntei a um indígena "Qual é o melhor hotel da cidade?". "Primula Beach Resort", responderam-me. E foi para lá que fomos. Enfim, não dá para fazer isto na Europa,  não é verdade? Mas na Malásia, temos um poder de compra tal que nos podemos dar ao luxo de ser exigentes. Podia habituar-me a esta vidinha...Ah, se podia...

Uma noite neste hotel de luxo custou-nos 60 euros. E por uma refeição buffet
com comida que nunca mais acabava (imenso pratos típicos) pagámos
10 euros por cabeça... Pena não haver cerveja.


Este hotel tinha uma vista assombrosa para uma enorme praia (sempre vazia), e nas traseiras do edificío havia uma piscina apetitosa (sempre vazia). O nosso quarto era enorme, super confortável e, claro, não faltava no tecto a o sinal da praxe, presente em todos os quartos de hotel onde ficámos, indicando a direcção de Meca para que os crentes possam fazer várias rezas ao longo do dia.


No dia seguinte, fomos ver os principais monumentos de Terengannu, que tem mesquitas lindas de morrer,  um centro de artesanato onde podemos ver mulheres a fazer leques, cestos e batiks, entre outras coisas.



Floating Mosque, a mais bonitas de todas as que vi.
Crystal Mosque

Kuala Terengannu é uma antiga de vila pescadores que cresceu graças à imigração de outros povos asiáticos que para aqui vieram em busca de trabalho nos postos de exploração petrolífera do mar da China. Vale a pena passar uma manhã nesta cidade para ver os seus mercados, como o Pasar Payang (Bazar), a China Town e  algumas das suas mesquitas.


Fachada do Bazar Payang, um festival de cores e sabores.
Interior do mercado

O que mais se vê são lojas de roupas e tecidos
China Town


As fachadas da casas em china Town são bem giras. Lembrei-me logo
da China town de Malaca porque são similares.

Terengannu foi dos poucos sítios onde estive até hoje onde não me cruzei com outros ocidentais. No entanto, é considerada uma capital cultural da Malásia e merece bem uma visita, nem que seja de uma manhã apenas. Depois de Terenganu, continuámos a descer a costa de carro até Cherating, onde tinha fisgada uma experiência nocturna de que nunca mais me vou esquecer.

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