O meu primeiro banho de pirilampos.



Infelizmente, não tenho fotos desta experiência memorável. Mas posso adiantar que, se quis fazer a costa este da Malásia de carro, em vez de saltitar entre várias ilhas paradisíacas ou de passar uns dias em Taman Negara (a floresta tropical mais antiga do mundo), foi porque enquanto fazia o TPC da viagem, soube da existência de enormes colónias de pirilampos na ilha de Langkawi, em Cherating e em Kuala Selangor. Consta que nesta última é onde existe a maior comunidade de pirilampos da Malásia, mas contentei-me com a segunda maior: Cherating. Nos manguezais em redor desta pequena cidade fazem-se passeios de barco durante o dia para ver a bicharada. Mas depois de ter visto "aranhongas mete-nojo", um lagartão king size e catrefadas de osgas e macacos, já só queria mesmo era ver os pirilampos. Para tal, reservei lugar no passeio nocturno de barco.

Lá fomos nós, por volta das 20h00, com mais um grupo de 7 ou 8 turistas fazer um passeio de canoa que demorou uma hora e meia. O guia lá fez uma introdução sobre a importância de manter os manguezais limpos e dissertou um pouco sobre os "kelip kelip" (pirilampos em malaio), avisando que os poderíamos agarrar com a mão mas que estava fora de questão tentar fotografá-los. Também nos disse para não nos assustarmos porque iria acender uma lantena e isso iria atrai-los para ao pé de nós. Atraiu e de que maneira! Primeiro, começámos a ver alguns em redor de árvores. Depois, já eram tantos que parecia que era Natal! Árvores e mais árvores todas pejadinnhas de luzes cintilantes. Assim que o guia acendeu a lanterna, era vê-los a voar para junto de nós. E eram tantos! Por isso, quando digo que tomei banho de pirilampos é porque, literalmente, tomei banho de pirilampos. E adorei!


A praia Pahang


Desde os anos 70, Cherating é considerado um paraíso para a prática de surf, durante Novembro e Dezembro. Mas quando lá fui, em Abril, o mar era calminho e as praias estavam vazias. Fiquei duas noites num hotel simpático, o Suria Resort, onde paguei cerca de 25 euros por um quarto com ar condicionado. Ali bem perto, há um centro de recolha e protecção de tartarugas mas, pontaria das pontarias, fechava à segunda-feira, precisamente o dia que escolhi para estar em Cherating. Mas enfim, sai dali satisfeita por ter vivido uma experiência diferente. Para acabar a noite em beleza, encontrámos um restaurante que servia cerveja, coisa rara na Malásia. No dia seguinte, partimos para Kuala Lumpur.

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