Cameron Highlands:Malásia ou Inglaterra?


The Lake House Hotel. Os hotéis são quase todos assim, estilo Tudor
e repletos de flores. Por momentos, parece que estamos em Inglaterra.


Residências dos trabalhadores da plantação BOH, cujo CEO é uma inglesa.
O negócio do chá continua nas mãos de britânicos

Duzentos quilómetros a norte de Kuala Lumpur, na região de Pahang, Cameron Highlands é o destino de montanha mais popular na Malásia. O nome deve-se a William Cameron , um inglês que descobriu esta zona no séc. XVIII. Mais tarde, no início do séc. XX, surgem as primeiras plantações de chá , flores e legumes, beneficiando das terras férteis e do clima fresco e húmido. Em pouco tempo, Cameron Highlands tornou-se também num dos destinos favoritos das pessoas mais endinheiradas que para aqui vinham em busca de temperaturas mais agradáveis e momentos de relaxe.


Na região existem aldeias habitadas pelo povo indígena da Malásia,
os Orang Asli. andam praticamente nus e caçam com armas de sopro
 e com flechas.




A paisagem é fantástica, de um verde luxuriante envolto em neblina e ocasionais rasgos de raios de sol. E é também intrigante, já que se, por um lado, nos sentimos na Ásia, por outro lado, o estilo Tudor da maior parte dos edifícios remete-nos de imediato para Inglaterra. Muitos destes edifícios foram convertidos em hotéis e existem de vários tamanhos e para vários tipos de bolsos, do ultra luxuoso ao alojamento low cost.
Cheguei a Cameron Highlands a meio da tarde, em plena hora do chá. Parei no showroom de uma fábrica de chá à beira da estrada e pedi um chá e uma fatia de bolo. Trouxeram-me um copo alto com chá quente. Dentro do copo vinha um talo branco de uma planta que dava ao chá um sabor cítrico divinal. Agora sei que era um talo fresco de erva príncipe, "lemon grass" para os ingleses. Hoje em dia, o chá de erva príncipe (difícil de arranjar!) é o meu chá preferido.
Depois deste lanche numa esplanada uma vista panorâmica inspiradora (imagem de cima), fui fazer o reconhecimento da cidade mais importante da região, Tanah Rata, e depois fui procurar o meu hotel que ficava a 3 kms desta cidade. Fiquei instalada no Bala’s House, umaa típica “english cottage” de montanha.




No dia seguinte fui visitar as plantações de cháBoh. Tinha lido em vários fóruns de viagens que era plantação mais bonita de todas. Não sei se é verdade porque não vi as outras, mas sei que adorei visitar o museu desta plantação e que trouxe metade da loja de chás comigo. Tive mesmo de comprar uma mala nova só para trazer todos os chás que comprei para mim e para oferecer… O que vale é que era tudo baratucho
Lanchar numa casa de chá de uma plantação como esta é uma verdadeira tentação. a oferta de bolos, scones e compotas para acompanhar o dito é de babar... e porque férias são férias e esqueço por completo a dieta, alambazei-me com uma fatia de lemon curd cake. Enfim, que fazer? Tenho uma verdadeira tara por bolos e tartes de maçã ou de limão...







A plantação BOH está aberta entre as 9h00 e as 16h00 e proporciona visitas guiadas (pagas) e uma exposição gratuita sobre a história da marca.



Cameron Highlands tem outras atracções além das plantações de chá e dos hortos botânicos. Tem um parque de borboletas (a pagantes), um parque de insectos (a pagantes) onde toda a gente tira fotos com escorpiões e outros bichos, que apesar de pequenos impõem grande respeito, e “n” plantações de morangos. Mas não fui ver nenhuma destas coisas, nada disto me seduzia. Eu queria era segui para norte em direcção às ilhas Perhentian junto á fronteira com a Tailândia. Depois de muito pesquisar sobre as várias ilhas da Malásia continental, e são muitas, hesitei entre Pangkor, as Perhetian e Redang. Mas acabei por escolher as Perhentian para passar um fim de semana. Foi uma estadia memorável, por vários motivos. Um deles tinha várias perninhas e deixou-me paralizada durante uns 20 minutos...

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