Bairro da Liberdade: o Japão cabe dentro de São Paulo.






Como é que São Paulo tem hoje a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão? É simples. Porque razão é que as pessoas decidem mudar de país? Para procurar uma vida melhor numa época em o Japão passou por tempos difíceis e havia quem passasse fome. Com o país do sol nascente a incentivar a emigração, cerca de 700 pessoas da região de Kobe partiram rumo ao Brasil, no início do século XX, para trabalhar nas plantações de café através de um acordo estabelecidos entre os dois países. As primeiras famílias instalaram-se no interior do estado de São Paulo. Atrás destes emigrantes vieram outros e, com o passar dos anos, alguns conseguiram comprar terrenos, outros abandonaram a actividade agrícola e mudaram-se para a cidade, quase todos para o mesmo bairro. Hoje em dia, existe cerca de 1.5 milhões de descendentes destes emigrantes a viver em São Paulo. É muito japonês junto. E se hoje estão perfeitamente adaptados, quando chegaram ao Brasil sofreram um choque cultural imenso devido às diferenças, climatéricas, culturais, aos hábitos alimentares e à forte segregação de que foram alvo. 




Vale a pena passar aqui umas duas horas para ver os apontamentos de inspiração japonesa, desde um grande portão (tori), a lanternas, candeeiros e até semáforos com iconografia deste país. Também é um bom local para comprar artesanato. No Shopping Trade Center, encontramos lojas de anime, de acessórios para telemóveis, de artesanato samurai, de peluches, de louças e artigos lacados e até roupa de lolita mas adaptada ao corpo brasileiro, ou seja, com mais espaço para a bunda!




Vai uma massagem?


Relógios de "marca"
Capas de telefone para todos os gostos

Outro aspecto curioso são as fachadas de alguns edifícios, como o banco Bradesco, que piscam o olho à população local. Foi aqui que terminei a visita ao Bairro da Liberdade, um bairro é engraçado que merece uma visita. Mas nada como visitar the real thing e ir ao Japão!




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