Na Escócia, atravessando as Highlands.





Depois de passar em Luss, Glencoe,  Lago Awe, Oban e Fort William (que não tem graça nenhuma mas aparece nem todos os guias por estar numa zona rodoviária estratégica), rumámos à ilha de Skye. Perdi a conta aos lagos por onde fomos passando, todos muito parecidos uns com os outros. Perdi a conta às vacas e ovelhas que fui avistando. E enquanto passava ao lado das montanhas de Glencoe, a escorrerem água desde o topo que vinha desaguar em riachos que serpenteavam por entre brechas na terra, num festival de tons de verde e ocre, senti que estava mesmo (!) na Escócia. Era esta a paisagem que fazia parte do meu imaginário. Sem casas, sem gente, apenas montanhas e riachos de água. A água pura e cristalina que empresta um sabor tão especial aos whiskies da região. 


Dunollie Castle

Mais abaixo, fotos de Oban, a capital escocesa do marisco e também um local estratégico (partem daqui barcos para várias ilhas escocesas) e um popular  destino de férias.... Pois...esta foto foi tirada em Julho e não me parece que o tempo seja muito melhor por estas bandas. Mas enfim, gostos não se discutem.










A  estrada que liga Loch Lomond a Glencoe proporciona vistas magníficas. Foi o meu trajecto preferido de toda a viagem. A Natureza está intacta e andam-se quilómetros e mais quilómetros de carro sem avistar vivalma, apenas as vacas e ovelhas da praxe. Mais bonito, só mesmo se existissem mais castelos. Sim, porque pensava que ia tropeçar em "n" castelos, como acontece em Espanha, em França ou no norte de Itália, mas enganei-me. A Escócia tem de facto muitos castelos, mas apenas uma minoria serviu de fortaleza (e estes sim ficam em locais elevados e à vista de todos). Ou seja, a maior parte pertencia ( e muitos ainda pertencem) a clãs poderosos que os construíam em locais planos, rodeados de florestas. Fixei o nome de uns quantos que gostava de ter ido ver, mas quando me tentava aproximar deles, deparava com cancelas à porta de quintas enormes, com portões imensos, corredores de árvores frondosas e, claro, um homem de saias a cobrar bilhetes a preços acima do razoável... Ou pagava, ou não via nada de nada, porque os castelos estão quase todos bem camuflados pelas árvores. Neste aspecto, fiquei desiludida, embora compreenda que, para estas famílias, deve ser difícil manter estes casarões e os seus mega jardins sem a ajuda dos visitantes. E o investimento é grande porque são criados museus, centros de interpretação, parque infantiis e salões de chá para lá das cancelas. Mas enfim, não me posso queixar muito porque neste mesmo dia consegui fazer fotos belíssimas do castelo mais fotografado da Escócia, e um dos mais fotografados do mundo: Eilean Donan Castle. E à hora a que o visitei, contavam-se os turistas pelos dedos de uma só mão.

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